quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

O mundo em que vivemos: curta-metragem de animação para reflexão sobre o cotidiano tecnológico




O vídeo acima O mundo em que vivemos, descobri nos vídeos correlatos do YouTube enquanto procurava material audiovisual e é um contundente curta-metragem de animação de Steve Cutts, que desperta o senso crítico para o uso exagerado das tecnologias e das redes sociais no cotidiano.
Algo que lembra-me o antigo conto medieval do flautista de Hamelim, que com sua flauta tinha um poder hipnótico. Contratado pelas autoridades do povoado de Hamelin para acabar com a infestação de ratos, o misterioso flautista conduziu com sua música todos os ratos da cidade, levando-os para se afogarem no rio próximo. Como a cidade descumpriu sua parte no acordo, o flautista por vingança hipnotizou com sua flauta todas as crianças de Hamelin, levando-os para lugar desconhecido...
Já se tornou lugar-comum dizer que a tecnologia que aproxima quem está distante e afasta quem está próximo. Mais que isso, quem transita pelos locais públicos tem percebido que o lugar-comum se tornou a lógica comum dos lugares. E sem querer reproduzimos esse comportamento sem perceber, conectados a pessoas distantes e sem trocar palavras com que está fisicamente mais próximo de nós.
Quando o Pokemon GO foi lançado e se tornou febre mundial, aderi como pesquisador, observando as possibilidades educacionais do aplicativo. Acompanhei meu filho nas andanças pela cidade, por praças ruas e locais diversos à procura dos pokemons. A ideia era interessante: trabalhar com jogo, GPS e realidade virtual/aumentada. Entretanto uma tarde, na maior praça da cidade levei um susto ao ver uma multidão de cabeça baixo, olhando para suas telas e caminhando em bando, como zumbis do seriado The Walking Dead. A sensação foi desconfortável ao ver aqueles zumbis eletrônicos, muito similar as cenas do vídeo em questão.
Passado o espanto, passei à reflexão e descobri através de professores, formas de utilizar o aplicativo na educação. Algumas postagens estão neste blog educacional.
Mais do que uma crítica pela crítica, há que se reavaliar nossos procedimentos quando em grupo, usando as tecnologias, mídias e redes sociais para conectar pessoas, mas com o devido tempo para usar também tecnologias convencionais no cotidiano escolar, quando se pensa no papel do educador, que é formador não apenas de alunos mas de cidadãos crítico e autocríticos.
O mundo em que vivemos ainda não chegou a este ponto do apocalipse zumbi eletrônico, mas em alguns momentos parece seguir este rumo... Por isso o papel do professor de mostrar outros caminhos, outras possibilidade de trabalhar com jogos, com vídeos, com livros e outras tecnologias, além das digitais: livros, revistas, jogos, músicas etc.
Abaixo um vídeo sobre O Flautista de Hamelin, para uma reflexão complementar:



Recomendo também a versão da Disney para O Flautista Encantado:



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